Chega
um momento na vida que as poucas companhias que temos, é tudo que temos.
Sabemos
exatamente das pessoas que nunca vão nos abandonar, mas queremos a companhia
daqueles que não temos certeza.
Passamos a ter certeza de que todos os dias são preciosos exatamente quando eles
chegam ao fim e nada mais podemos fazer para que ele não tenha sido
desperdiçado.
O final
de cada dia é a real certeza de que o tempo não espera por nada...
Ao ver
os dias passarem sem que as reflexões apareçam, começo a questionar a minha
velocidade de viver. As vezes acho que nada irá esperar a lentidão dos meus
passos, dos meus pensamentos e das minhas decisões.
A
velocidade da vida me assusta e me faz acelerar meus passos mesma sem ter
certeza das minhas escolhas e reais necessidades”.
Escrito em 31 de dezembro de 2010, no Aeroporto do Porto, esperando o vôo para Barcelona às
6:30.